sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ESTEJA EM DIA COM A SUA SAÚDE BUCAL

Por Vivian R. de Campos

A boca é um meio pelo qual nos comunicamos e expressamos nossos sentimentos. Para garantir saúde bucal é necessário manter uma boa higienização bucal diária, hábitos alimentares adequados e consultas periódicas ao dentista, pelo menos a cada seis meses. Escovar corretamente os dentes pelo menos três vezes ao dia e usar o fio dental sempre que escová-los. Sob o ponto de vista da saúde bucal, hábitos alimentares adequados se resumem em evitar o consumo de alimentos açucarados nos períodos entre as refeições. Se desejar, então, consumir esses alimentos após as refeições e escovar os dentes em seguida. A utilização de flúor também é indicada, desde que seja orientada pelo dentista.

Doenças que afetam a boca
Cárie: uma doença infecciosa e transmissível que atinge a grande maioria da população. Ela se desenvolve a partir da metabolização do açúcar dos alimentos pelas bactérias da boca. O açúcar presente nesses alimentos gera ácidos que atacam o esmalte dos dentes e provoca o aparecimento de manchas brancas, o primeiro estágio da cárie, que pode ser estacionada com a limpeza adequada.

Doenças periodontais: periodonto é o conjunto de tecidos ao redor do dente e que é responsável pela sua fixação: gengiva, osso alveolar e fibras que ligam a raiz ao osso. A doença mais comum neste caso é a gengivite (inflamação do tecido gengival), causada pelas bactérias das placas que produzem toxinas e irritam a gengiva, tornando-a avermelhada, sensível, inchada e sangrenta. Se essa inflamação não for tratada pode levar à mobilidade e até a perda do dente. Esse abalo da estrutura óssea é chamado de periodontite, que apresenta como principais características a inflamação persistente, reabsorção óssea, presença de bolsas periodontais, presença de pus e mau hálito.

O mau hálito é causado pela má higiene oral e consequentemente pela placa bacteriana. A falta de higiene na língua e nos espaços entre os dentes é o que mais acontece nesses casos. O intestino e a diarréia também podem causar a halitose. Para acabar com o mau hálito deve-se descobrir e tratar a causa.

Ter saúde bucal é, antes de tudo, um desejo e preocupação individual, ou seja, é preciso querer e ser colaborador eficaz na promoção de sua saúde bucal. Boca saudável é aquela sem doença, sem feridas ou manchas, sem mau hálito e que proporciona boa mastigação e deglutição, além de ser esteticamente agradável. É importante reconhecer que a boa mastigação resulta em uma boa digestão e, portanto, uma boa absorção de nutrientes.
 
Higiene bucal no bebê
Para bebês de 0 a 6 meses a mãe já pode começar a habituá-lo à higiene oral, limpando a gengiva com uma gaze umedecida após cada amamentação. Quando começam a aparecer os dentes, por volta de 6 a 8 meses, a higiene pode ser feita com uma dedeira especial para higiene bucal de bebês ou com uma gaze ou fralda umedecida, após as refeições. Por volta de 1 ano de idade pode-se começar a utilizar a escova de dentes. A escova deve ter cabeça pequena e cerdas macias. Nesta fase é recomendável usar creme dental sem flúor, isso porque o bebê não consegue cuspir e a ingestão de flúor em excesso pode causar problemas na formação dos dentes (fluorose).
É importante lembrar que a mamadeira e a chupeta podem prejudicar os dentes. O uso deve ser restrito, principalmente em crianças maiores, pois podem ocasionar alterações nos dentes e na mordida (oclusão). 

Cuidados especiais com prótese e aparelho ortodôntico
Nas próteses removíveis, a higienização deve ser feita com uma escova de dentes dura, tanto nas áreas dos dentes artificiais quanto nas áreas que entram em contato com a gengiva. Para as próteses totais (dentaduras) existem escovas especiais, com cerdas mais longas que permitem alcançar as partes côncavas da prótese. Quem usa próteses fixas deve, além da escovação normal, limpar cuidadosamente as regiões sobre a prótese e as regiões dos pilares (raízes ou implantes) que a sustentam. A escova interdental é recomendada para limpeza sobre as próteses fixas.
Para aqueles que usam aparelho ortodôntico fixo tem que ter um cuidado ainda maior quanto à escovação porque os brackets, bandas, fios e elásticos criam zonas de retenção de bactérias e alimentos, além de dificultarem a higiene. Para minimizar estas dificuldades, existem escovas especiais e fio dental próprio, com a ponta dura para facilitar a passagem.  

Uso correto da escova e do fio dental 


Teste o grau de sua fobia de dentista
Muitas pessoas demoram ou evitam consultas odontológicas por puro medo, embora possam alegar outros motivos. Dê notas de 0 a 10 para as seguintes situações, sendo que 0 é para estágio de relaxamento total e 10 para o nervosismo intenso.

-         Enquanto você aguarda a consulta na sala de espera (  )
-         Ao sentir o cheiro característico de consultório de dentista (  )
-         Ao sentar na cadeira de dentista (  )
-         Ao se encostar na cadeira (  )
-         Ao ver a seringa e a agulha para a anestesia (  )
-         Ao sentir a injeção da anestesia (  )
-         Ao ouvir o som do torno (  )
-         Ao ver os instrumentos dentais (  )
-         Ao ter um instrumento introduzido na boca (  )
-         Ao não saber o que o dentista está fazendo enquanto ele se move pelo consultório (  )
-         Ao fazer uma radiografia da boca (  )
-         Ao se submeter a uma limpeza dos dentes (  )

 Resultado: some os pontos e veja em qual você se enquadra.

De 0 a 4: as visitas ao dentista não trazem nenhum trauma, provavelmente porque você já comprovou que muitos mitos sobre dor são falsos.

De 5 a 7: seu nível de medo é elevado, embora não tenha muita dificuldade para superá-lo sempre que você se propuser a isso.

Mais de 7: o nível de medo é extremo. Você é daqueles que têm um pânico incontrolável e evitam o dentista até que a dor de um problema bucodental, como a cárie, vença seus temores. Consulte um especialista para superar  bloqueio.


Fontes: Plan Assiste - Programa de saúde e assistência social do Ministério Público Federal, revista Super Interessante especial (edição 225-A) e folder explicativo produzido pelo Centro Odontológico Pio XII.

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